quinta-feira, 31 de julho de 2008

Labirintos de Decisão

E lá se foi o mês de Julho. Correu. Voou. Alguns pensadores dizem que o tempo não existe, que ele é relativo, inerente ao cérebro humano.Mas vai explicar isso pro meu cérebro quando olho no espelho e vou vendo meus cabelos ficando branco, quando olho uma foto minha e vejo que eles estão ficando ralo, ou ainda quando alguém vira pra mim e diz: Daniel você tá com barriga!-mesmo quando eu me alimento cada vez menos. Antigamente eu podia falar que uma mulher de trinta anos era coroa, mas agora eu tenho quase trinta, e chamo-a de moça.Risos
E eu que um dia imaginei que com a idade que tenho hoje, já saberia de tudo, não teria dúvidas sobre a vida, não teria mais as encruzilhadas de decisão que o jovem se depara à todo momento, mas hoje o que tenho é algo pior: Labirintos de Decisão.
Oh Tempo Implacável!!!Indomável.
...que passa no tic-tac tic-tac tic-tac...ou melhor, em onomatopeia de relógio digital; bip bip bip bip...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

BIO-SONHOS!!!

Todo ser humano, mesmo que não se recorde (ou que não queira recordar) SONHA.
É até fácil conjugar; Eu sonho, Tu sonhas, Ele sonha...Mas e pra colocar em prática, será que é fácil? Existe uma infinidade de livros, sites, revistas especializadas em Auto-Ajuda, em como transferir os sonhos para a realidade. Mas será que seremos felizes quando realizarmos nossos sonhos?
Que infelicidade seria se os realizássemos todos (pelo menos rapidamente). Minha Lica dizia que só morreria quando todos os seus quatro filhos tivessem um tecto para morar, e dito e feito só morreu depois que todos tinham uma casa.( Pra falar a verdade eu preferia que eles não tivessem conseguido as casas ainda, assim ela estaria viva até hoje...)
Por isso concluo que o SONHO nada mais é do que NOSSO COMBUSTÍVEL!

PS.: Vou tratar de arrumar um sonho bem complexo e absurdo pra mim, para que meu combustível dure por mais tempo...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

domingo, 27 de julho de 2008

SOU A PERSONAGEM QUE VOCÊ CONTA

Interessante o como quando nos deparamos com a vida de grandes personalidades, nossas mentes dão um estalo, e nos defrontamos com nossa vida toda, diante dos nossos olhos. Ontem, sábado pela tarde assisti o filme Cidadão Kane, de Orson Welles, um filme de 1941, e fiquei boquiaberto com a qualidade do filme, com os enquadramentos, com a temática revolucionária, e claro, principalmente com o grande homem por de trás da obra, que era o multi-artista Orson Welles, que aos 24 anos de idade já havia conquistado o mundo com sua arte. Me senti tão pequeno, tão inútil, tão provinciano cercado aqui no meu iglu (dou esse apelido pra minha casa porque ela é pequena, praticamente um iglu mesmo).
Mas uma técnica narrativa do filme, a de várias personagens contarem sobre seu ponto de vista passagens sobre como era a vida do Magnata do Mass-Media Charles Kane me surpreendeu e desvendou a cortina sobre os padrões de uma vida linear que eu acreditava que tínhamos.
Não somos uma só pessoa, na verdade somos vários. E alguns dos "eus" que somos são através da visão que os outros possuem de nós. Posso ser insignificante, e talvez eu acredite isso, mas para alguém, em algum momento, eu posso ser o mundo.
Somos assim: uma eterna contradição, um tecido feito com pontos de várias técnicas, um tecido grande para uns, quente demais para outros, mas em alguma circunstância o maior achado do mundo.